Tipos de Feminismo – Feminismo negro e Feminismo branco e suas singularidades

Somos uma agência que defende diversas causas e uma delas é o movimento feminista. Por isso, além de comunicar, é importante capacitar nossos profissionais sobre o assunto.

Dessa forma, organizamos uma roda de conversa que aconteceu no dia 29/04/2022, com o tema “Tipos de Feminismo – Feminismo negro e Feminismo branco e suas singularidades.” 

A palestra foi ministrada por Letícia Gomes Fonseca. Desde já, separamos o conteúdo produzido pela Letícia para você ficar por dentro da causa feminista. Para saber mais, continue esta leitura. 

Afinal, o que é o movimento feminista?

O conceito de feminismo pode ser entendido como a ação política das mulheres que engloba uma construção teórica, prática e ética.  Assim, expressando em ações individuais e coletivas, podemos conhecer o movimento feminista a partir de duas vertentes: as ações do movimento feminista e da sua produção teórica. No decorrer da história, o movimento passou por diversas ondas em diferentes lugares do mundo. A primeira onda ocorreu no século XIX na Inglaterra e, aqui no Brasil, no século XX. Cada uma dessas ondas trazia consigo uma revolução e luta para as mulheres. 

Ondas do Movimento Feminista: revolução e muita luta

Conforme mencionamos acima, diferentes ondas do movimento ocorreram pelo mundo. A primeira tinha o propósito de reivindicar os direitos políticos femininos, direitos sociais e econômicos. Na segunda onda, as reivindicações das mulheres eram fortemente voltadas para as questões de violência sexual e familiar contra a mulher, o conceito de gênero e, dessa forma, os papéis de gênero passaram a ser questionados e a luta pelo direito ao corpo. A terceira onda foi marcada pela experiência da mulher em diferentes categorias de acordo com outros marcadores como raça, sexualidade, classe, localidade, dentre outros. 

Feminismo Branco e o Feminismo Negro e suas singularidades

Quando abordamos o feminismo, podemos entendê-lo por: feminismo branco e negro. Na nossa história, cada um deles nos apresenta reflexões sobre qual projeto de sociedade desejamos construir. Enquanto no feminismo branco mulheres como Bertha Lutz e Betty Friendan lutavam pelos direitos iguais para as mulheres, desde a educação, trabalho, voto e igualdade na sociedade, o feminismo negro realizava a sua luta em dobro.

O feminismo negro surgiu para dar visibilidade às mulheres negras que passam, constantemente, pelo silencionamento de suas pautas. Enquanto o feminismo branco lutava pelos direitos dessas mulheres, o feminismo negro lutava além dos direitos pela existência de mulheres negras, afinal, elas foram excluídas devido à sua raça. 

Conforme a palestra da Letícia Gomes Fonseca, para entendermos a importância do feminismo negro, basta pensarmos que mulheres brancas lutam pelo direito de escolher não se casar e ter filhos e pelo fim de padrões. Já as mulheres negras ainda lutam para serem vistas como seres humanos. Através deste pensamento, concluímos que a mulher branca tem suas lutas e seus problemas, assim como as negras, e o problema de ser mulher. Porém, a negra tem o problema de ser os dois: mulher e negra. Por isso, cada vez mais, é essencial e enriquecedor termos este conhecimento. Entendendo que muitas mulheres sofrem atualmente pelo fato de serem mulheres e outras que têm suas vidas definidas pelo gênero e sua raça.

Quer saber mais sobre este assunto? Conheça a Letícia Gomes Fonseca.

Graduanda em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Carlos (2017); Membra do grupo de pesquisa: Atividades Humanas e Terapia Ocupacional; Pesquisa: Ilú Obá De Min: Cultura Negra e Saúde Mental da Mulher (financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq). 

Trabalho de Conclusão de Curso: Ilú Obá de Min: cultura negra e saúde mental da mulher.

Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/15394

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